quinta-feira, 27 de abril de 2017

E o Bradesco?

Ecaaaaaa... Bradescu!

Olá, olá.

Nossa, como eu odeio esse banco! Nunca devi nada pra eles, nunca tive um problema sério neles, mas eu tenho uma implicância quase que mortal com ele. Eu tenho/tive/não sei mais uma conta - Digiconta - no Bradesco e odiei tanto que nem sei mais como estou.

Eu me lembro bem, era uma manhã de 2014 em algum dia que o Brasil ia jogar na Copa, eu estava à toa e fui na agência abrir a Digiconta. A agência estava lotada, mas era a chance que eu tinha e lá fui eu... eles tinham uma biometria ridícula que lê sua mão feito uma ciagana que nunca leu minha mão direito. Eu ia aos caixas eletrônicos do Bradesco e parecia que eu estava no Passa-ou-Repassa , tamanho era o tira e bota mão frenético e a droga da máquina nunca lia. O app era difícil de usar (é até hoje) e eu recebi um cartão com as letras e baixo relevo (aquela porra parecia um Rio Card vermelho) da Elo (!) Elo! ELO! Quem usa Elo, na boa? Acho que nunca usei nada deles, no fim das contas... eu preciso tomar vergonha na cara e ir ao banco ver como está minha situação fechar minha conta e dizer adeus.

Minha mãe é correntista dele. Era do HSBC e virou Bradesco depois da venda. Eu acho um lixão... ela se enrola toda no site e no app deles, tadinha. E eu me enrolo também tentando ajudar ela hahahahaha. Eu devo ser muito burra ou ter muita má vontade com esse banco. Vocês decidem.

Um castigo: um dia ir pra uma empresa onde terei que (re)abrir conta neles. 

quarta-feira, 26 de abril de 2017

E o Itaú?

Quanta rebeldia, jovem...

Olá, olá.

Em clima de despedida, pois a iConta está acabando, fica aqui a postagem sobre minha experiência com o Itaú. Foi o primeiro banco onde tive conta (na verdade, tive uma conta-salário no BB e fiquei só 6 meses nela, aí não conta) e meu primeiro cartão de crédito foi dele, que lindo. Conta que tinha cobrança, cartão que tinha anuidade, mas nessa época eu nem ligava (noob!) Me afundei no LIS no passado (a culpa foi toda minha, o banco não tem nada a ver com minha incompetência), nunca tive limite alto no cartão deles... o Itaú sempre cagou pra mim, até que um dia migrei para a iConta e tudo melhorou. Cancelei o cartão de crédito (nessa época já estava com o Free do Santander) e nunca mais paguei nada pra eles. Nadinha. Beijos de luz, Itaú. 

Não tenho muito o que falar desse banco. É muito conveniente pra mim porque em cada esquina do meu bairro tem um Itaú vazio e deposito sempre nele (Santander tem poucos bancos e sempre estão cheios e zuados), não pago nada, não preciso mais do cartão de crédito deles (chupa!) e mesmo se quisesse, teria que pagar anuidade e meu limite seria de (risos!) 700 reais. 

É útil, é prático, é grátis. Tá ok.

terça-feira, 25 de abril de 2017

E o Santander?

Hahahahaha, meu Deus!

Olá, olá.

Antes de mais nada, (quase) nada tenho a me queixar do Santander e a ilustração acima é só pela zuera mesmo. Sou correntista desde 2013 e de lá pra cá tive 3 pacotes de serviços diferentes. O primeiro era o que a minha empresa abriu pra mim que me sugava R$ 27,90/mês e que rapidamente me livrei. Depois passei para os serviços essenciais e depois passei e me assentei no Free. Acho que eles não tem mais essa opção de conta corrente, só o cartão. Ao que minha memória permite, a conta é assim: não pago tarifas e ainda tenho direito a um TED ou DOC por mês. É o suficiente para transferir meu salário todo para o Itacu, onde tenho a iConta ou para o Intermedium (cara, pra que tanto banco?). Para garantir esse 0800, tenho que seguir duas das seguintes regras:
  • meu salário tem que cair no Santander
  • tenho que transferir R$ 40,00 para conta poupança
  • tenho que ter uma conta em débito automático
  • tenho que pagar pelo menos um boleto no site ou app
Sigo as regras 1 e 4. Quanto ao cartão Free, a anuidade é gratuita se eu fizer pelo menos R$ 100,00 de compras no mês. Vejo muita gente de mimimi por causa dessa regra, mas fica o questionamento: pra que diabos você quer um cartão de crédito se não gasta 100 Temers ao mês nele? Ele tem programa de milhagem no qual já resgatei chocolates da Brasil Cacau (após um barraco na loja que não queria aceitar meu voucher), um vale compras Boticário e um jogo de cama para solteiros. E foi o cartão de crédito mais generoso comigo, em questão de limite.

O Santander que nunca teve uma conta digital resolveu inventar uma tal de Conta Super que, honestamente, não vale a pena. Dá uma olhada aqui e descubra porque. Acho que hoje em dia não vale a pena abrir conta alguma nele, mas na época da conta Free valia muito e estou satisfeita com o que tenho.

OBS: vou seguir falando das minhas experiências com bancos. Os próximos serão Itaú e Bradesco.

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Intermedium Como Opção de Banco?

Boatos dão conta de que este seria um caixa para depósito do Intermedium. Será?

Olá, olá.

Se você estava procurando água em Marte por esses dias ou simplesmente não se ligou na finasfera nessas últimas semanas, saiba que a iConta do Itaú foi pro brejo (irá, na verdade, no dia 30/04) assim como a Digiconta Bradescu (sim, eu tenho muita implicância com esse banco) e a conta digital do BB (essa não só se foi como foi substituída por uma conta mais miserável do que os "serviços essenciais" que o Bacen nos garante). 

Enfim, acabou. Para quem não tem conta digital alguma, vale a pena correr como se não fosse amanhã para fazer a derradeira iConta ou... ir para o Intermedium.

Esse banco mineiro é 100% digital e possui algumas facilidades que o colocam à frente de muito bancão por aí e já vou sapecando o raio-x dele de acordo com o Banco Data:


Esse banco não tem agências e nem caixas eletrônicos. Vou fazer um FAC aqui, mas no site deles tem tudo, exceto meus comentários desnecessários, o que pode ser uma vantagem (ou não).

"OMG, como saco dinheiro nele, uai?" 
Por aqueles caixas 24h. 

"OMG, como deposito?" 
Ele tem uma coisa muito muito legal que é gerar boletos (cada correntista pode gerar 10 boletos por mês, mas pode pedir mais) aí você gera um boleto no valor do depósito que você quer depositar nele e paga esse boleto. Cara, se eu ainda vendesse Avon, Demillus e afins super geraria boletos pras clientes que moram longe pagar assim... Voltando ao foco, você pode enfiar dinheiro nele via TED ou DOC ou fazendo depósito de cheque pelo app (eu não faço idéia de como é isso porque eu nunca usei cheque e nem sei porque eles existem e como funcionam, desculpe). O dinheiro sai e entra fácil nele, viu? 

"E cartão?"
Obviamente o correntista recebe um cartão para débito, caso contrário não poderia mexer no terminal 24h huehue. A função crédito você solicita pelo site ou app. Você não é obrigado a enviar o contracheque (ou, como se fala em outros lugares no Brasil,  holerite - palavra horrível), mas se você solicitar crédito e o banco por algum motivo recusar, não terá outra chance de mandar o contracheque, então, recomendo que envie. Eles são generosos? Bem, mandei meu comprovante de IR pra eles e me foi concedido R$ 1.500,00. Achei pouco, comparando com o que tenho no Santander, mas foi mais do que o Nubank. A operadora é Master.

"E as tarifas?"
Nada. Você não paga nada, nem a anuidade do cartão, nem TED, nem nada. Repito: não paga nada. De novo: nada.

"E os investimentos?"
Tem o CDB com liquidez diária rendendo 100% do CDI, aportes a partir de R$ 500,00. Tinha LCI e LCA, mas desde 16/03 acabaram os lastros e só Deus sabe quando aparece de novo. As LCI tinham o valor mínimo de R$ 1.000,00. Dá para investir, inclusive, via boleto. Você gera um boleto boladão lá para investimentos, paga ele e ta-dah! o valor é aplicado direto no CDB. Adicionalmente, eles custodiam o TD (mas não são agente integrado) e não cobram por isso. Cheguei a pensar em sair da Easynvest e pra eles para aplicar no TD, mas no momento vou deixar como está. Eles também tem o fundo de debêntures incentivadas que aplico na Easy, ou seja, não são pão-duros como bancões com opções para investimentos, mas em questão de CDB, prefiro o Sofisa ainda. 

"E os brindes?"
Nessa eu me fudi. Eles dão uma caneta boladona com o nome do correntista para quem faz a primeira aplicação no CDB no valor de 5 mil Temers. Eu apliquei 500,00 porque achei que poderia aplicar 5 mil em qualquer época. Aff... enfim, eles dão uns brindes legais pra quem aplica dinheiro grande, tem almofadinha, power bank, etc. 

"Você recomenda?"
Sim. Tem muito fanboy do Intermedium no Facebook que acha que esse banco é deus e não é bem assim. Banco existe pra lucrar e se ele não tá cobrando nada, ele está ganhando de outra forma, certamente. E não duvido que num futuro relativamente distante ele comece a cobrar, mas até lá vamos usar. Acho o processo de abertura de conta deles bem rápido: baixe o app e faça o que ele manda, simplesmente. É bem intuitivo e prático.

Se houver alguma outra dúvida, só perguntar nos comentários. Favor não perguntar se ele cobra alguma coisa, pelamordedeus!

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Dica para Economizar em Assinaturas Digitais

Olá, olá.

Para quem ainda não viu no Facebook, tem um site muito útil para quem preza pelo próprio bolso: o Kotas. Nele, as pessoas dividem o valor de assinaturas virtuais como Netflix, Deezer, Globo Play, Office 365 Home, etc. Das cotas que vi, nenhuma passa de 10 reais. Cara, esse é o capitalismo mais solidário que já vi na vida!

O site é esse aqui. De nada!

terça-feira, 18 de abril de 2017

FGTS - A Saga (e Um Feliz Engano)

Olá, olá!

Conforme reclamei aqui sobre como me fudi no FGTS, tive um plot twist: consegui sacar! Fui vítima de informações trocadas. Como sou de março, a grana ficaria disponivel a partir de 10/04, mas ouvindo a CBN, o cara disse que quem tinha sido mandado embora sem justa causa até sei lá qual período o dinheiro já estava disponívelAí, no dia 07/04 fui na agência e nada consegui. Nesse mesmo dia liguei para a Caixa e a atendente me disse que no meu caso eu teria que dar entrada numa agência e levar uma pá de documentos e aquilo me deu um desânimo tal que resolvi só fazer esse processo todo depois de julho. Só que hoje deu uma coisa em mim pra dar uma olhada no extratodo FGTS e vi lá uma movimentação diferente e aí, bingo!, fui ao caixa eletrônico e consegui - enfim! - sacar. Pra onde o dinheiro vai? Para prostitutas e drogas pra minha reserva de emergência, que estou com as contas pagas e esse dinheiro de FGTS é, em teoria, um dinheiro para emergências. Só que comigo vai render mais do que TR + 3% ao ano. 

E é o que temos pra hoje :)

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Um Conto de Páscoa


Olá, olá.

Vou contar uma anedota de infância que eu sempre me lembro na Páscoa: quando eu tinha uns 6-8 anos, meus pais me levavam pra passear no shopping nesses períodos festivos (aniversário, dia das crianças, Natal, Páscoa) e minha mãe fazia uma coisa que era de praxe. Ela me levava nas Lojas Americanas ou lojas do tipo e me dizia "Jacque, pega tudo o que você ganhar e faz uma pose bem bonita" aí eu ia, enchia meus bracinhos com tudo o que queria de presente, minha mãe tirava uma foto bem bonita (dessas de filme Kodak, cujo rolo cabia umas 36 fotos) e depois dizia que eu tinha que escolher um presente pra levar pra casa (se fosse algo caro ela me fazia mudar de ideia até escolher o mais barato, hue!) e era isso aí. Tinha a foto com tudo o que eu gostaria e a realidade de ter ficado com um só e dar graças a Deus por ter uma mãe democrática a ponto de deixar eu escolher o presente que queria. Contando essa história no trabalho, alguns colegas recriminaram minha mãe pela maldade que ela fazia. Fiquei chocada com a atitude deles! Minha mãe fez a coisa certa pro bolso dela e pra minha educação, certíssima ela! Cresci dando razão a ela e agradecendo essas limitações. A vida adulta limita a gente de forma ainda pior, não é mesmo? E na vida adulta não tem mamãe registrando as coisas boas e nos dando a opção de escolha. A gente se fode sozinho e as coisas ruins vem aleatoriamente e nos cabe ser maduros e racionais para poder pôr as coisas em ordem. A moral da história pode ser essa... Obrigada, mãe!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Off: Música pro Feriado

Olá, olá!

Música explicativa, fica a reflexão. Para quem só vai ler: apreciem o léxico, as assonâncias e aliterações, além da mensagem. Para quem vai ouvir: apreciem o baixo delicioso. Para quem não vai fazer nada disso: aproveitem o feriado!

Muros e Grades
Engenheiros do Hawaii
  
Nas grandes cidades, no pequeno dia a dia
O medo nos leva a tudo, sobretudo à fantasia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia
Então erguemos muros que nos dão a garantia
De que morreremos cheios de uma vida tão vazia

Nas grandes cidades de um país tão violento
Os muros e as grades nos protegem de quase tudo
Mas o quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido
O quase tudo quase sempre é quase nada
E nada nos protege de uma vida sem sentido

Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre as sombras
Entre as sobras
Da nossa escassez

Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre cobras
Entre escombros
Da nossa solidez

Nas grandes cidades de um país tão irreal
Os muros e as grades
Nos protegem de nosso próprio mal
Levamos uma vida que não nos leva a nada
Levamos muito tempo pra descobrir
Que não é por aí, não é por nada não
Não, não, não pode ser, é claro que não é
Será?

Meninos de rua, delírios de ruína
Violência nua e crua, verdade clandestina
Delírios de ruína, delitos e delícias
A violência travestida, faz seu trottoir
Em armas de brinquedo, medo de brincar
Em anúncios luminosos, lâminas de barbear

Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre as sombras
Entre as sobras
Da nossa escassez

Um dia super
Uma noite super
Uma vida superficial
Entre cobras
Entre escombros
Da nossa solidez

Viver assim é um absurdo (como outro qualquer)
Como tentar um suicídio (ou amar uma mulher)
Viver assim é um absurdo (como outro qualquer)
Como lutar pelo poder (lutar como puder)

Trottoir: maneira de andar das prostitutas enquanto esperam por clientes.

Keep Calm

Olá, olá.

Este é um post motivacional que se resume em: ninguém vive a tua vida, então não se paute tanto pela opinião e o exemplo das outras pessoas. O "tanto" da frase anterior é uma ressalva, já que algumas opiniões são úteis e alguns exemplos são saudáveis de serem seguidos. O que diferencia uma pessoa racional de uma incauta é saber medir bem quando ouvir um conselho e quando ligar o "foda-se". Ok, post finalizado para quem não curte ler muito.

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Para os que gostam ler um pouco mais, sigo com post. Ontem eu estava conversando com um colega que estava preocupado com o fato de não aportar mensalmente tanto quanto gostaria. Isso pode se dever ao fato de haver colegas blogueiros investidores que aportam valores muito mais significativos e que já tem um patrimônio considerável e também há os que já conquistaram sua independência financeira - abençoados sejam! Sempre são uma fonte de motivação! - Porém, a mim ele parecia que estava se cobrando um pouco demais e eu disse a ele que:

1) ele é mais novo do que eu e o fator tem um peso muito favorável a ele, já que ele aporta com constância e tem a vida pela frente para colher frutos dos investimentos que faz. 

2) quanto às outras pessoas que já tem um bom patrimônio, bem,  provavelmente na idade que ele tem, nem todas essas pessoas já tinham a consciência de adquirir independência financeira e é provável que quando ele estiver com a idade dessas pessoas, ele tenha um patrimônio similar, pois as pessoas que estudam e se profissionalizam (que é o caso dele) tendem a ganhar mais com o passar dos anos. 

3) acho que eu não falei para ele, mas cada um sabe de si. Ainda que ele enxugasse seus gastos e só conseguisse aportar R$ 100,00 por mês, isso já seria uma boa coisa só pelo fato de ele ter educação financeira em gastar menos do que ganha e investir o excedente. Quantas pessoas que ganham bem não conseguem fazer isso? Mas a coisa melhora: ele aporta mais do que 100 Temers. Pode não ser o valor que ele quer, mas a vida nunca é como queremos que ela seja mesmo. O importante aqui é não se cobrar tanto por não ter o valor de aporte desejado e sim trabalhar para sempre ter aporte. O hábito somado ao tempo é de mais valia do que vultuosas somas sem constância ou com um horizonte de tempo para investimentos menor.

Por minha vez, não aporto quanto gostaria (a gente sempre quer mais, faz parte da condição humana), mas sei que dentro do meu orçamento estou fazendo um bom trabalho. Também tenho agido para fazer as receitas aumentarem e por enquanto é o que dá para fazer. Não vou ficar gastando minhas energias me chateando por não aportar tanto, prefiro gastá-las trabalhando ou estudando. Acho que meu colega sacou o que eu quis dizer e tomei a liberdade para compartilhar isso, porque vai que alguém esteja nessa situação... O que importa é a constância!

Um abraço!

terça-feira, 11 de abril de 2017

Um Ralo Financeiro: Carro (Parte 2)

Olá, olá.

Continuando com a história, passados alguns anos, meu padrinho resolveu dar de presente para minha mãe um curso na autoescola. Aí, ele fez a coisa certa que é dar pra pessoa o presente que ela quer receber (uma salva de palmas para meu padrinho). Mas pera lá: minha mãe não tem muitas condições de dirigir, tadinha! Ela é um ser humano extraordinário, cheia de carisma e de habilidades interpessoais, mas ela sofre de esquecimentos assustadores - o que já fez com que ela não passasse no psicotécnico, prova teórica do DETRAN (viu, eu disse que nem todo mundo passava disso), esquecesse o dia de uma aula prática e fizesse muita besteirinha dirigindo. Não é que eu subestime minha mãe, mas eu sou realista: ela nunca dirigiu na vida, como que agora do dia pra noite ela manjaria da coisa? 

Enfim, ela passou na prova teórica depois e meu padrinho deu o carro dele pra ela. Eu não sou a melhor pessoa do mundo pra falar sobre carros, mas pelo que pude notar, o carro é um Fox de 2010/2011 muito bem conservado. Sim, meu padrinho deu o carro, mas não pensem que foi generosidade ou coisa que o valha. Minha mãe, irmã dele, deu uma grande ajuda pra ele num assunto que não quero detalhar, então o carro foi meio que uma compensação. Tanto meu pai quanto eu torcemos discretamente o nariz quando esse presente veio porque nenhum de nós queremos gastar com ele (carro gasta mais dinheiro do que mulher!), dirigi-lo (temos fobia) e ser carregados pela minha mãe ao volante (gente, a coisa é crítica!), mas não comentamos nada porque minha mãe estava deslumbrada e é muito feio jogar areia na felicidade alheia.

Ok, agora minha mãe tem um carro e vai tentar pela segunda vez a prova prática. Há dois sábados, ela fez o prodígio de atropelar nossa lixeira com o carro, arrancando fora o retrovisor e estilhaçando o vidro da janela do carona. Ela, a lixeira, passa bem. Aparou a porrada, o que evitou que o estrago fosse pior, Eu, que estava no banco de trás, vi tudo e não entendi nada. Minha mãe também não se machucou, mas ficou muito triste. Vieram aquelas neuras de "oh, meu Deus, esse era meu sonho e veja como eu não consigo..." me deu a maior pena. Consolei ela, mas depois tive que conversar com ela como gente grande. Disse a ela que mesmo não tendo pago pelo carro, ele seria um gasto absurdo, porque teríamos:
-> seguro
-> IPVA (eu fiquei de pagar esse)
-> combustível
-> depreciação (ela não entendeu bulhufas disso, aí deixei pra lá)
-> manutenção
E aí eu disse a verdade cruel: "mãe, mesmo que você consiga dirigir bem e passe na prova, tem outro detalhe: esse carro não será usado o suficiente para justificar esses gastos todos, já que você vai a pé pro trabalho, eu tabalho no mesmo bairro onde moro, precisando pegar só um ônibus e meu pai que é quem trabalha longe, nem liga pra isso. Vamos umas 2x ao mercado no mês, não temos o hábito de viajar juntos e, no fim das contas, a gente não precisa de um carro". Ela ficou arrasada... Meu pai concordou comigo quando eu disse "ainda está em tempo de se livrar do carro", mas foi mais condescendente por achar que ela deveria tentar a segunda prova para depois resolver o que vai fazer.

E aí, moral da história, minha mãe terá que gastar mais de mil reais no reparo do carro, pagar o aluguel do carro pro dia da prova e só Deus sabe mais o quê.

Eu não odeio carros. Adoro andar de carro (contato que nao esteja no banco do motorista haha), mas não acho que seja vantajoso ter um quando não se vai usar o suficiente para valer os gastos, entendem? Eu não gosto dessa cultura de ter que comprar casa própria, ter que ter um carro na garagem porque são "investimentos" (nem são!) Prefiro uma visão mais utilitarista de, se preciso compro e se não preciso não compro. 

Entendo que esse é o sonho da minha mãe, mas isso está custando caro sem retorno, tadinha. O jeito é esperar pelas cenas dos próximo capítulos...

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Um Ralo Financeiro: Carro (Parte 1)

E senta que lá vem história...

Eu, Jacqueline, adoro andar de avião, altura, escuro e falar em público. Essas coisas nunca me deram medo e, caso alguém diga "grandes coisas" saiba que tem mais gente que tem medo de falar em público do que de morrer. Essa introdução é só para aumentar minha autoestima para eu poder fazer uma confissão: tenho pavor em dirigir! Nunca desejei dirigir e nunca achei que comprar um carro fosse lá grande realização porque - eureka!- eu nunca quis dirigir. Daí que aos 19 ou 20 anos, meu padrinho me deu de presente um curso numa autoescola. Como na época eu só não desejava dirigir (a fobia veio depois), acabei aceitando por ser estranho recusar um presente desses.

Foi aí que descobri que direção é minha kriptonita. Eu fui muito bem nas aulas teóricas, passei bem na prova (favor não vir com o papo de "ah, todo mundo passa nessa prova" porque vou provar que não!) e lá fui eu começar na bagaça da aula prática. Eu me fudi! Descobri que numa autoescola quem nunca dirigiu só se fode porque o professor não quer ensinar nada, só quer corrigir a pessoa que já sabe dirigir, Descobri que autoescola é pra quem já dirige, inclusive. Eu nunca tinha botado meu bumbum no assento do motorista antes. E, pra botar pra fuder de vez, meu instrutor era impaciente e sempre gritava comigo. Nessa época, eu não fazia barraco pra fazer prevalecer meus direitos de consumidora (viu, Einsten?!)  e aguentei calada e cada aula eu contava os minutos pra me ver livre daquela tortura. Gente, como dirigir é perigoso! Como vocês conseguem fazer isso??? Vocês são suicidas! Hahahaha (to rindo por fora mas por dentro, na época, eu ficava nervosa). Eu queria aprender, pelo menos para não gastar o dinheiro do meu padrinho a toa, mas não deu. Eu sofria de verdade. Eu ainda paguei aula extra e o simulado do percurso pra mostrar que eu estava me esforçando, mas em vão.

Descobrindo minha fobia, fui pro dia da prova do DETRAN resoluta em cometer qualquer infração que sequer me fizesse sair com o carro. Aí eu reprovei e acho que nunca houve alguém tão liberto e feliz por reprovar. Meu pai, que estava comigo no dia, nem precisou me consolar tamanho sorriso que estava em meu rosto. Minha mãe comunicou a meu padrinho minha reprovação e ele ficou chocado por eu não querer tentar de novo, mesmo ele tendo se oferecido a pagar o meio DUDA e o aluguel do carro. Eu não queria nem fudendo!

Eu nem liguei para os clamores da família (exceto meu pai que compartilha o mesmo desdém por carros que eu) para continuar, que desistir não é legal, que carro não é luxo, é conforto, etc etc. Segui em frente ignorando tudo isso. Porque esse sonho nunca foi meu e viver o sonho dos outros é perda de tempo.

O post continua para justificar o "ralo financeiro" que mencionei no título.

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Aportes de Abril

Olá, olá.

Há pouco consultei meu Internet Banking e vi que o pagamento caiu. Achei que pelo quarto mês seguido ele chegaria atrasado, mas não, dessa vez veio no dia certo. Como já passa das 16:30 não poderei fazer TED, então investimentos só na segunda-feira. As contas já foram pagas, entretanto.

Fazendo umas contas de padaria aqui (eu poderia ver minha planilha do Além da Poupança, mas gosto de fazer continhas no papel feito uma criança no primário), ganhei R$ 43 reais de renda passiva do mês passado para cá, notícia bastante motivacional para continuar aportando como uma boa menina disciplinada. Como nesse mês não tenho previsão de altos gastos e ainda vou ganhar um dinheiro com as aulas particulares e as vendas do Enjoei, só tenho a comemorar :)

Falando em Enjoei, essa semana eu fiz um barracão da porra no atendimento deles. Isso porque desde semana passada notei que uma venda que fiz não constava como aguardando pagamento, alertei a eles, ao que me responderam como se eu fosse incauta e não soubesse que o comprador tem 7 dias para desistir da compra, etc etc. Eles não entenderam ou não quiseram entender o meu e-mail, mas fiquei quieta só esperando a merda. Dito e feito: no dia previsto para eu enfim poder sacar, vi que não estava disponível. Enviei uns e-mails bem zangada e aí eles viram a merda que eu havia previsto. Pedira desculpas, bla bla bla culpa do TI e fiz o saque dois dias depois do combinado. Aff.

Uma boa notícia é que enfim terminei de ler a biografia do Lobão. É bem legal, isso porque eu adoro rock nacional dos anos 80 (e, no Brasil, só nessa fase mesmo) mas achei-a um pouco extensa demais. Mas isso pode ser porque não sou fã do cantor, apenas me simpatizo com a carreira dele. Terminando esse livro, emendei em "O Poderoso Chefão". Estou na página 50 e já estou rendida! Eu amo muito os filmes e estou amando o livro. Logo, logo termino suas mais de 300 páginas.

Vou ver se consigo terminar o módulo da semana do curso de Macroeconomia do Coursera no sábado ou no domingo porque essa semana eu nem estudei ele. Como não tenho planos de sair, vou ficar em casa nesse tempinho chuvoso tomando chocolate quente e estudando mesmo.

Voltando ao ponto principal do post, meus aportes ficaram assim: curto prazo (CDC liquidez diária) 80% e longo prazo (Tesouro IPCA e Fundo de Debêntures) 20%. Lembrando que meu curto prazo até dezembro é para fazer minha reserva de emergência e o longo prazo é para aposentadoria mesmo. Médio prazo só começarei a aportar no ano que vem, que é quando terei terminado meu fundo emergencial.

OBS: resolvi adicionar um blogroll aqui. Tenho certeza de que não coloquei todos os blogs que gosto, em breve vou adicionar mais e quem quiser fazer parte é só me falar ^^

Update:

Eu estou extremamente puta comigo mesma. Descobri que minha conta inativa do FGTS não é inativa da maneira que o Temer deseja e por isso só vou tentar resgatar o dineiro a partir de agosto. Explico: os famigerados 70 reais foram de uma conta que tive no meu primeiro emprego, onde fiquei por 4 meses e que, quando fui desligada não retornei para sacar o valor. Eu, noob, não me atentei e o dinheiro foi ficando lá, isso em janeiro de 2010. Com essa euforia de FGTS, achei que era só chegar no autoatendiemtno da Caixa e pimba! o dinheiro estaria disponível. Que nada, vou ter que levar RG, CPF, PIS, carteira de trabalho, termo de rescisão, mapa astral, tudo original e cópia e dar entrada nessa bagaça. Aff, me fudi, porque eu não vou na Caixa nesse furdûncio. Só em agosto agora.

Um colar de beijos!

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Metas de Abril

Olá, olá.

Infelizmente, não estou no meu ritmo favorito de postagens. Tenho trabalhado bastante esses dias, o que diminui meu tempo livre, que gasto fazendo outras coisas. Mas vamos que vamos porque abril já começou e estou a comer moscas:

  • Resgatar meus ricos 70 reais que o temido Temer liberou de FGTS. O valor estaria disponível a partir do dia 10, mas adiantaram para dia 8.
  • Ler meus 5-6 livros mensais. Levei dois dias para terminar "Vênus das Peles" (bota qualquer "50 Tons" no chinelo) mas estou há quase duas semanas lendo a biografia do Lobão porque empaquei =/
  • Terminar o segundo módulo do espanhol. Pelos meus cálculos, entro na primeira semana de maio fazendo as provas finais.
  • Botar as vacinas em dia. Febre amarela e tétano (essa venceu no ano passado). Tenho procrastinado isso e não dá pra dar mole. Aproveito e pergunto: como vão as vacinas de vocês? Em dia?
  • Manter a rotina das atividades físicas. Valha-me Deus.
  • Fazer uma viagem curta num dos feriados de abril. Essa é a meta mais complicada, devido a fatores logísticos e sociais, mas fica o desejo.
Por hoje é só. Volto agora só para falar dos aportes de abril. Besos!

sábado, 1 de abril de 2017

Pessoas Tóxicas

Adoraria usar esse aparato alguns dias no trabalho para não respirar certos ares.

Trabalho com uma pessoa que desempenha o mesmo cargo de liderança que eu na empresa onde trabalhamos. Ela é responsável por um setor, eu por outro e uma precisa da outra para que o trabalho dê certo. Como ela é responsável pela parte financeira, acaba tendo algumas atribuições bem bananosas e uma pressão maior por causa do dinheiro. Entretanto, eu sou a pessoa que atende as pessoas (que geralmente chegam no meu setor estressadas e lá vou eu resolver as coisas da forma mais amistosa possível) e estou dando minha cara a tapa, ou seja, tem pressão pro meu lado também. Então, no fim das contas, para o trabalho dar certo os dois setores tem que estar bem sintonizados.

Acontece que essa minha colega, como posso dizer sem parecer grosseira?, morre de inveja de mim. Ela já passou dos 40, se acomodou com a faculdade de Letras que fez e a única ambição dela é ficar de bem com o patrão. Ok, isso pode ter soado grosseiro, mas é a mais pura e simples realidade. Ela inveja o fato de eu ser mais nova e mais qualificada, ter mais inteligência emocional que ela (tenho facilidade em mediar conflitos e, apesar de não ser a melhor líder, consigo manter minha equipe mais unida e trabalhando bem por eles seguirem meus exemplos ao invés de ficar botando medo neles) e de, maneira geral, ser mais bem sucedida na vida como um todo - e ela não.

O que eu vejo como ser bem sucedida? É separar, na medida do possível, o trabalho da vida fora dele, ter qualidade de vida, entendendo que minha vida não se resume só ao trampo, é continuar estudando, ter equilíbrio financeiro, emocional e uma boa saúde. Quase nada disso é alcançado pela Fulana (vou chamá-la assim).

Fulana é divorciada sem filhos e mora sozinha de aluguel. Diz ela que sua mãe morre de vontade que ela more em sua casa, já que a casa é própria e ela poderia poupar o dinheiro que ela gasta no aluguel para investir e comprar seu próprio cantinho, mas ela prefere morar sozinha mesmo. Trabalha bem mais do que as 44h semanais (nossa empresa não paga hora extra, dá banco de hora, coisa que é um custo ter), está com a coluna comprometida, colesterol alto e está sempre em crises alérgicas (de tudo isso ela sempre está a reclamar). Com uma vidinha asim, dá para imaginar a amargura e a forma tirânica com a qual ela trata seus subordinados: chamando atenção na frente dos clientes, acusando antes de verificar as condições primeiro, mandando e desmandando como se seus subordinados fosse morrer de fome caso pedissem demissão.

Ela morreu de inveja de mim quando tirei 20 dias de férias em janeiro, porque queria ter tirado nesse mês. De raiva, ficou fofocando pra patroa sobre coisas que eu tinha "deixado em aberto". Como resultado, houve dias que a patroa me ligava bolada e lá ia eu explicar pacientemente o que acontecia... E assim ela tenta azedar meu trabalho. Mandando mais, expondo qualquer deslize dos meus subordinados, tratando os outros mal... Quem a vê na empresa acha que ela ganha mais do que eu de tanto que ela está sempre mandando em todo mundo. Isso é um demonstrativo de caráter: você dá um pouco de poder (pouquinho mesmo porque pro patrão somos merda, seja lá qual for a hierarquia) pra pessoa e ela se acha Deus. Só que as pessoas que agem assim não parecem entender que no dia que se desligar da empresa não fez network e não tem pessoas que poderiam indicá-las para outro emprego. Pessoas assim criam inimigos de graça. Vestem tanto a camisa da companhia que abrem mão da vida pessoal, do equilíbrio, do amor próprio e viram pessoas amargas, invejosas, estúpidas.

Esses dias, uma subordinada minha me mostrou uma postagem no Facebook de uma antiga funcionária da empresa que foi subordinada da Fulana. No post, ela dizia que estava muito feliz consigo mesma por ter seguido seus sonhos porque, de acordo com ela, foi muito humilhada na empresa X (ela escreveu o nome da nossa empresa) pela Fulana (sim, ela escreveu o nome da mulher), que um dia a Fulana pegou um caderno no qual ela escrevia seus planos e seu orçamento e ficou rindo dos erros de português na frente de outros funcionários. Sim, isso realmente aconteceu, eu estava lá e fiquei besta com a falta de profissionalismo da chefe dela. Ainda nessa semana, uma chave de uma sala sumiu e a Fulana ao invés de puxar na câmera para ver o que poderia ter ocorrido forçou a barra para a senhora da limpeza tirar do próprio bolso o dinheiro da cópia da chave. No fim das contas, uma outra funcionária havia pego sem querer e no dia seguinte devolveu a chave e fez questão de ressarcir a zeladora. Eu, como não tenho acesso ao sistema de câmeras, fiz o óbvio: perguntei se a pessoa X que tinha estado pela última vez havia visto a chave, ao que ela confirmou. Conversamos e tudo se resolveu sem alardes. Só que quem tem a síndrome do micro poder precisa expor os outros, precisa esbravejar, meter medo nas pessoas. 

É muito ruim ter que trabalhar com uma pessoa assim. Só que dá para tirar proveito dessa situação: tenho desenvolvido cada vez mais inteligência emocional, trabalhado a empatia e exercendo tolerância. Como a pessoa tóxica com quem trabalho puxa o saco do patrão, não valeria a pena eu chegar até ele e pontuar. Na verdade, nem devo porque meu patrão não liga pra empresa. É um erro de estrutura da companhia que vem de cima pra baixo, sabe? Respiro fundo, faço o meu trabalho e bola pra frente. Tem dias que são bem difíceis, mas eu tenho facilidade em separar as coisas e vivo o máximo minha vida pessoal sem arrastar coisas de trabalho pra ela. E eu não deixo de me atualizar, estudar e fazer as coisas que gosto por causa do trabalho. Não é nem recomendável isso. E Fulana tem implicância comigo porque ainda muito jovem eu aprendi algo que ela só aprendeu depois de muito tempo e agora ela não tem disposição para correr atrás porque o caminho mais fácil pra ela é odiar, invejar. Nem raiva eu sinto (ocasionalmente, vai, eu não sou de ferro), mas tenho pena. Pena de alguém que deixou a vida passar, que tem como objetivo de vida exercer seu micro poder numa empresa de médio porte e que lá no fundo sabe disso e é infeliz. Deve ser horrível dormir pensando nessas coisas. Deve ser horrível ser ela.